quarta-feira, 10 de junho de 2015

Etapa II Caderno III CIÊNCIAS DA NATUREZA

Após a leitura do caderno III – Ciências da Natureza, leiam as proposições abaixo, retiradas do livro Ensino de Ciências e Cidadania das autoras Myrian Krasilchik  e Marta Marandino (2007, p. 54-55)...
...Discutam essas afirmações. Todos concordam com essas afirmações? Como podem, de fato, serem planejadas práticas que corroborem com tais proposições?

            Concordo com as afirmações, pois é fato que o ensino de ciências tem como uma de suas principais funções a formação do cidadão capaz de compreender e fazer uso dos conceitos científicos em seu cotidiano, bem como participar do processo de discussão e de decisões pessoais ou de interesse da sociedade, como por exemplo, questões que envolvam alimentação, recursos naturais, energia, meio ambiente e saúde. Para tanto, também se faz necessária uma relação de boa convivência e diálogo com nossos alunos, pois para essa compreensão científica, é preciso também o desenvolvimento de valores, como solidariedade, compromisso social, respeito ao próximo e generosidade.
 Isso requer do professor, não só o domínio do conteúdo e uma constante atualização que permita sua interação com as novas técnicas de ensino-aprendizagem em ciências, como também saber questionar seus alunos,  incentivando posturas críticas, solidárias, comprometidas com o bem de todos, se baseando numa argumentação lógica e científica.
E para que essa educação seja um processo contínuo, é preciso que o professor ofereça ao aluno outras oportunidades de aprendizagem, como visitas a museus, espaços culturais, e outros tipos de ambientes que despertem sua curiosidade e vontade de aprender, além das práticas experimentais em laboratório dentro da escola,  como ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos,  levando esse aluno a participar ativamente da construção de seu saber.
Diante de tudo isso, nós, profissionais, também nos frustramos ao esbarrarmos em vários empecilhos que dificultam essas práticas tão importantes para a formação científica de nossos alunos, como a falta de estrutura das escolas, a falta de materiais, os salários, a carga horária inadequada, a indisciplina, e tantos outros que dificultam, mas não nos impedem de realizarmos um bom trabalho, pois acima de tudo isso, está nossa vontade de acertar, de fazer acontecer, de fazer a diferença, e por isso não desistimos.
Prof. Gláucia Cabral 


terça-feira, 2 de junho de 2015

Etapa II Caderno III Ciências da Natureza "Ensino de ciências da natureza para avaliação e prosseguimento".

       Estamos atravessando um período importantíssimo e oportuníssimo em relação ao processo formativo e educativo de nossos jovens. Quando nos situamos em lugares concebidos ao aprendizado simplesmente técnico e processual, não temos a consciência das transformações que se operam e permeiam nosso labor. Ao delimitar as fronteiras do conhecimento e das regras sociais, estamos também de forma sistemática e inconsciente levando aos nossos colaboradores uma perspectiva tecnicista e equivocada, ao contrário do que possa parecer aos grupos disciplinadores e reacionários. Fazemos com que se impeçam desenvolvimento amplo e irrestrito, causando e não obstante regrando ao invés de regar nossa juventude, somos capazes de transformar conceitos escrupulosos em ignomínias e estabelecer um equívoco equacional imperceptível e nefasto em todo o processo....
      A medida em que atentamos as regras do jogo, percebemos que ocorre uma adaptação de atitudes e atividades. Enquanto nossas ações criarem um abismo intransponível na relação professor-aluno, estamos deprimindo nossa perspectiva e encurralando as possibilidades, fico interessado todavia em motivar ao desfazimento de relações pragmáticas e descritivas, introduzindo ao ambiente de trabalho a satisfação com o cumprir das tarefas de forma conjuntural, inversa ao modelo pré-concebido e doutrinário vigente, somos um bando em revelia do mundo e das certezas... Agora não podemos ter na consciência maiores divergências quanto ao fato de sermos feitos do mesmo material, temos nas nossas entranhas pequenos organismos autônomos e fazemos parte de um universo mais amplo, somos humanos. Essa constatação simples e avassaladora faz com que desnudemos nossas certezas e ampliemos nossas igualdades, estabelecendo uma possibilidade de troca verdadeira e edificante do processo motivacional. O estudante na sua condição realística e decisória é o cimento dessa argamassa, não obstante os profissionais da educação coadjuvam no ambiente escolar, seria mero casuísmo concordar com o senso comum quanto aos papéis representados na escola, ao mestre verdadeiramente lhe é outorgado o direito a humildade e sabedoria quando se coloca a favor da liberdade de aprender e ensinar, ao se perceber agente causador cria-se um abismo entre o saber e o aprender, somos todos aprendizes no ambiente educacional, entre as fresta da possibilidade devemos adentrar ao método e a concretização desse maravilhoso mister, prezados colegas, talvez não compartilhemos as mesmas opiniões, as mesmas vivências, mas com toda incerteza acreditamos na possibilidade de aprender sobre a vida e seus descaminhos que conduzem a única certeza desse mundo....
O ensino e estudo das ciências da natureza nos moldes atuais é equivocado e contra producente, segundo análise dos autores do material enviado no curso de formação, necessitando uma abordagem mais atual, segundo critérios didáticos e pedagógicos progressistas, percebo que essa abordagem diagnóstica e ao mesmo tempo prognóstica, tem carácter ideológico e tendencioso, na tentativa de mudar pressupostos básicos para uma educação transformadora, em meros atos de foro administrativo, tentam através de uma visão simplista e burocrática, resolver o problema do interesse acadêmico, em uma perspectiva aglutinadora e perniciosa, juntar, unir, ou interpor conhecimentos distintos e complementares, como solução para a falta de interesse dos estudantes em aprender ciências da natureza. A nossa sociedade contemporânea, passa por transformações  superficiais e meramente de cunho comercial mercadológico, como no caso de uso de tecnologias, mas nos conceitos primários continuamos conservadores e praticamente sem alterações significativas, somos uma sociedade que explora e oprime nossos cidadãos a medida em que vivemos sob a égide da força e da truculência estatal, em que parcos investimentos são feitos na área de educação, infringindo aos professores além de baixos salários, uma sege emblemática e danosa tornando-os aduladores ou excluídos de brindes ou tarefas  com uma supervalorização de uma ingênua e pérfida ordem burocrática, os valores que movem a nossa sociedade são coloniais, somos todos compelidos a convivência nefasta da submissão e ou hipocrisia, levando-nos a um estado de prostração inequívoca e desanimadora. Nossos alunos mais parecem famigerados mendigos, famintos e assustados com essa escola de horrores, encontram pela frente profissionais frustrados, impotentes e limitados em suas possibilidades, diante de uma tarefa hercúlea e penosa, tentam agora subverter a ordem das coisas, como se por um passe de mágica pedagogista, pudéssemos transformar a sociedade e sua realidade, através de simples práticas expositivas, precisamos abrir os olhos de nosso alunos, com a verdade que nunca é absoluta, a verdade do trabalho que de fato produz e induz ao progresso e ao conhecimento, seja ele educacional ou social, não podemos seguir ingênuos e passivos em direção a aniquilação do estudo das ciências da natureza, transformando-nos em espectadores do fracasso e do engano, o processo educação-aprendizado, irá evoluir a medida em que nossa sociedade evoluir, a medida em que os valores dinâmicos e objetivos da ciência forem alçados enquanto os valores subjetivos e mitológicos forem destituídos em nossos objetivos de vida e em nosso cotidiano.   
Prof. André ADP Gonçalves



Etapa II Reflexões unidades I, II e III - Caderno III Ciências da Natureza

CIÊNCIAS DA NATUREZA

1. Contextualização e contribuições da área Ciências da Natureza para o estudante do Ensino Médio

Apesar de o conhecimento das Ciências Naturais (química, física e a biologia) estarem presentes constantemente no dia a dia da nossa sociedade, elas são sempre destacadas como complexas e de difícil  assimilação pelos os estudantes de ensino médio, o que acabam sempre resultando em notas mais baixas 
Por mais que associemos o ensino das Ciências da Natureza com experimentos, ou fatos, que recorrem ao nosso a fazer diário, a explicação do conteúdo, se torna quase inviável, pois o aluno não consegue entender o porque de estar estudando aquele assunto, aí vai deixando de se interessar por essa área e passa a manifestar insatisfação e até medo dessas disciplinas.
Talvez o estudante fique um pouco perdido pois as disciplinas na área das Ciências da Natureza, ou seja, a química, a física e a biologia, são apresentadas para a aprendizagem do aluno de formas separadas e independentes, como se não existisse um correlação entre elas. 
Acredito que a partir do momento que existir essa interdisciplinaridade e a comunicação entre esses disciplinas, esses assuntos chegarão até o estudante de forma mais “ leve”, tornando o aprendizado mais fácil e agradável, pois ele estará vendo a relação existente entre as Ciências  e perceberá mais facilmente a importância de estudar aquele determinado conteúdo.

2. Os sujeitos estudantes do Ensino Médio e os direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento humano na área de Ciências da Natureza

Conhecer e aprofundar os interesses e as necessidades do estudante é fundamental para o trabalho pedagógico completo, uma vez que esses são o foco do nosso trabalho, ou seja, são o sujeito central do processo educativo, logo são dotados de direitos.
Aprofundar entre os professores a discussão da contextualização e interdisciplinaridade entre essas disciplinas torna-se uma questão muito importante, pois integram esses conhecimentos e facilitam a aprendizagem.

3. Trabalho, Cultura, Ciência e Tecnologia na área de Ciências da Natureza

É conhecido como CTS a área que estuda as inter-relações entre ciência-tecnologia-sociedade em suas múltiplas influências. O ensino e a pesquisa fundamentam que a ciência e a tecnologia são as duas mais potentes forças para as mudanças globais para a sociedade.
Explicar a importância de os professores abrirem um espaço de discussão dentro de sua sala de aula,  buscando identificar, problematizar e analisar as conjecturas teóricas e práticas relacionadas às interações entre trabalho, ciência, tecnologia, cultura, sociedade e o ambiente. 
Abordar o conceito de CTS, pode ser explorado pela figura abaixo:


 Prof.: Mônica Peralta



segunda-feira, 1 de junho de 2015

Abrindo Espaços Humanitários (AEH) Reflexão sobre a formação e experiência.

   

No dia 21 e 22/5/2015, ocorreu a capacitação para professores oferecido pela SEEDUC/RJ em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Eu e Kassia, a professora de português da escola, nos disponibilizamos a participar, e, posteriormente, multiplicar. O público alvo são os estudantes do Ensino Médio da rede pública. O lema norteador desse programa é a promoção do diálogo entre estudantes e professores sobre princípios humanitários e temas relacionados à violência.  No Rio de Janeiro, tem como principal objetivo ajudar a reduzir as consequências da violência armada. 
     A formação teve duração total de 16h se dividindo em quatro grandes blocos entre os dois dias. No primeiro, houveram as apresentações de toda a equipe e a dos professores, a explicação do porque estávamos ali, quais eram os objetivos, e  as principais definições do que seria abordado, assim como a visualização de imagens diversas. 
    O levantamento de temas polêmicos, como vocês podem imaginar, abriu o debate entre os professores, a maioria deles sentindo-se impotentes quanto a grande carência e violência observada no dia a dia da escola, na dificuldade do trabalho com os jovens e adolescentes, que vivem em áreas consideradas de risco por toda a sociedade, sendo que a grande diferença é que eles não só veem o noticiário, mas vivenciam a violência em diferentes níveis todos os dias... 
    Voltando para o ambiente da formação, além de estar lotado de professores numa sala relativamente pequena para a disposição sugerida, algumas falas "tiveram que ser cortadas", principalmente quando os formadores achavam que o tema abordado não tinha relevância, como o fato da indignação dos professores serem tão desvalorizados e apanharem da própria "força policial nacional, que deveriam ser pagos para nos trazer segurança, e não o contrário, como temos observado e sentido na própria pele! Essa restrição me incomodou muito, e, o argumento para tal, era que deveríamos naquele momento nos ater aos alunos... E não seríamos nós, professores, que deveríamos nos disponibilizar para tratar da temática sobre violência e atos humanitários com os alunos? Como falar de dignidade e cidadania, precauções contra a violência, se nós mesmos não sentimos ter nossos direitos resguardados?
    Respirei e continuei lá, observando e aberta a novas possibilidades. A dinâmica proposta após o almoço envolvia o corpo e interação entre os participantes, mas não saiu exatamente como planejado devido o pouco espaço e "correria" para dar conta do script". Ganhamos todos um material de texto com possibilidades e propostas de discussão para serem realizadas com os alunos, e naquele momento, fomos divididos em três grandes grupos para vivenciarmos nós mesmos duas das atividades. O deslocamento proposto foi interessante pois podemos, ao menos tentar trocar diferentes pontos de vista sobre o assunto e falarmos mais livremente de nossas experiências, não só em sala, mas de projetos desenvolvidos nas diferentes unidades escolares. O ruído do falatório geral atrapalhou, mas não desistimos, afinal, estamos acostumados a superar grandes desafios!
    No segundo dia, ainda nos sentindo cansadas da jornada do dia anterior, tivemos a surpresa de vivenciarmos um dia mais tranquilo, com muito menos pessoas num mesmo ambiente, e consequentemente, mais acolhedor. Trocamos muitas experiências, fomos estimulados a falar, a trocar, e com isso, podemos ser mais receptivos a  proposta do programa. E como faz diferença ser escutado também, como devemos nos lembrar sempre disso no momento que estamos com nossos alunos. O diálogo deve ser dialógico, como falava muito bem o educador Paulo Freire. A voz que dita, unilateral,  leva a opressão, a ditadura, tendo como consequência a maior das violências...
    Realizamos novamente em grupo outras duas ou três atividades do material de texto que recebemos, uma delas envolvendo uma música, e  nos foram mostradas outras possibilidades de abordarmos a temática sobre violência com os alunos, tendo certos cuidados que realmente não havíamos pensado. 
    Levamos daquele dia um aprendizado, talvez o maior de todos, que cada dia é único, mesmo quando estamos com as mesmas pessoas, não devemos subestimá-las e nos fecharmos como ostras, podemos dar novas chances a nós mesmos, GUERREIROS DA EDUCAÇÃO!!!!
Prof. Raquel da Camara (Artes)

domingo, 31 de maio de 2015

Etapa II Caderno V Matemática "Reflexão sobre projeto de trabalho coletivo e interação entre os diversos componentes curriculares"

Reflexão sobre projeto de trabalho coletivo e interação entre os diversos componentes curriculares

O fato de a Matemática estar tão intimamente ligada à atividade escolar e, ao mesmo tempo, a um conhecimento por vezes descrito como inalcançável por muitos estudantes e adultos que já concluíram a Educação Básica, torna a área particularmente importante no contexto educacional. Isso porque se faz necessário construir experiências em educação matemática capazes de superar barreiras e distâncias criadas por relações “improdutivas” entre o professor, o estudante e o conhecimento. Tais relações são reforçadas por abordagens escolares incapazes de produzir comunicação efetiva entre os saberes dos estudantes ou as suas necessidades de aprendizagem e o conhecimento, mediada pelos professores.
Por outro lado, há um claro reconhecimento social da importância do domínio básico dos conceitos e das ferramentas que a Matemática oferece para a vida humana. Tal reconhecimento é, muitas vezes, confundido com a garantia de mais espaço no currículo para a Matemática, o que não necessariamente implica em maior qualidade das aprendizagens em Matemática. Em especial no Ensino Médio, onde há treze disciplinas/componentes curriculares obrigatórios de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (BRASIL, 2012), é preciso olhar com cuidado as atividades desses componentes e de outros definidos nas escolas, para se aproveitar das inúmeras relações existentes entre os conceitos e assuntos que todos eles podem englobar.
Caracterizar o pensamento matemático não é tarefa trivial, por mais que se queira. Em se tratando da Matemática para a escola de Educação Básica, essa tarefa se torna ainda mais delicada, uma vez que se faz necessário superar certas tradições que vêm caracterizando a escolha de conteúdos escolares sem a devida atenção à necessidade de explorar as características dessa ciência, de modo que favoreçam o desenvolvimento integral.
Mesmo com critérios de validação baseados em princípios lógicos comuns a todos seus campos, o fazer matemático mobiliza quatro diferentes tipos de raciocínios ou intuições: o pensamento indutivo (ou raciocínios plausíveis, presentes no ato de criação matemática, na formulação intuitiva de novas conjecturas a serem validadas posteriormente); o raciocínio lógico-dedutivo (próprio da Álgebra e Geometria, por exemplo, e de tudo que diz respeito a provas de propriedades em todos os campos da Matemática); a visão geométrico-espacial (necessária para o aprendizado significativo da geometria e de suas aplicações) e o pensamento não-determinístico (característico da estatística e da probabilidade, campos que estudam eventos que envolvem aleatoriedade).
Muitas das escolhas de conteúdos feitas por nós professores parecem indicar uma abordagem mais concentrada em um determinado tipo de pensamento matemático, a saber, o raciocínio lógico-dedutivo. Ainda assim, é muito característico das abordagens mais tradicionais, confundir o pensamento lógico-dedutivo com a simples memorização de regras e fórmulas. Tal equívoco frequente induz a deturpações sobre a concepção da própria natureza da Matemática. Procedimentos e regras podem ter sua validade efetivamente comprovada apenas por meio de raciocínios lógico-dedutivos. Decorar não pode ser sinônimo de raciocinar. Executar procedimentos padrão sem compreensão, em exercícios repetitivos, não promove o desenvolvimento de raciocínio nem a aprendizagem significativa dessa ciência. A memorização de certos procedimentos, por meio da repetição de técnicas ou regras de uso muito frequentes pode até ter utilidade na continuidade dos estudos nessa área. O indesejável é a simples prescrição de regras, sem prévia discussão e validação pelos estudantes, pois não contribui para a formação integral almejada.
Neste sentido, faz-se necessário  proporcionar experiências escolares que promovam o desenvolvimento desses quatro tipos de raciocínios ou intuições, fazendo escolhas mais adequadas às necessidades de compreensão e usos dos conhecimentos matemáticos em contextos enriquecedores.
Prof.: João Paulo Nascentes


Etapa II Caderno IV Linguagens - Reflexão unidade II Possibilidades de abordagens pedagógico-curriculares na área de Linguagens

Possibilidades de abordagens pedagógico-curriculares na área de Linguagens

Ao ministrar as aulas de língua portuguesa, já venho fazendo com a turma todo um trabalho pautado nas diversas modalidades de comunicação e sempre procurei colocar em prática o diálogo, as discussões sadias, incentivando a participação de todos, fazendo-os trilhar um caminho de aprendizado, com respeito às diferenças e liberdade de opinião de cada um. Sempre procuro algum exemplo da vida prática, de conhecimento de mundo, para fazer analogia até mesmo com os conceitos mais complexos de gramática. Seguimos assim, para além da gramática convencional. Dessa forma, há um diálogo muito profícuo entre o que procuro ensinar e o que eles, em sua maioria, os jovens, estão dispostos a apreender.
Em uma dessas conversas, tive a oportunidade de apresentar cinco práticas de linguagem presentes em suas vidas, ou que futuramente gostaria que estivessem, que foram:
·         Formação de rodas de leitura e compartilhamento de textos produzidos;
·         Instauração de ciclos de debates e diversos outros eventos;
·         Desenvolvimento de projetos culturais (teatro, dança, música e artes plásticas);
·         Participação em movimentos já instaurados (cineclubes, saraus, exposições);
·         Frequência a aparelhos culturais (teatros, cinemas, museus, feiras, etc.)

Quanto às rodas de leitura e compartilhamento de textos escritos por eles, já tivemos a oportunidade de experimentar e o resultado foi ótimo. A princípio, com timidez, depois, com dedicação e interesse no que o outro teria a partilhar. Tal atividade ajuda na elevação da auto-estima e faz com que alunos se sintam também sujeitos da aprendizagem. Sempre que há algum tema polêmico na mídia, proponho debates, momento em que todos podem manifestar seu pensar e sabem que gozam de liberdade para falar. Essa atitude é importante, pois ajuda a “destravar” o pensamento, que muitas vezes não é manifestado porque o aluno tem vergonha de falar.
Quanto aos projetos culturais, houve poucas oportunidades de levá-los a conhecer um espetáculo de dança, peças teatrais, exposições de obras de arte... Porém, comento muito com eles e mostro materiais que falam da importância desse tipo de manifestação artística para a perfeita compreensão dos conceitos de cultura e identidade. Aliás, sinto a necessidade de aliar meus ensinos de língua portuguesa e literatura a conceitos de obra de arte musical, cênica, pictórica e escultural, por exemplo, em determinado momento em que tal obra foi concebida, o que se falou sobre ela, qual foi a opinião da crítica da época? O que aquela peça, aquele quadro significou para a humanidade? Esses são exemplos de conhecimento de mundo, ao qual o nosso jovem de ensino médio, da realidade da nossa escola, ainda não conseguiu ter contato. Infelizmente, não há meios financeiros de levá-los até tais lugares, a um teatro, museu, conhecer cidades históricas, o que seria uma aula em que a prática iria corroborar a teoria. Fica aqui declarada a vontade de nós, docentes, de transformar essa ideia em realidade.
A respeito de tais práticas de linguagem, faço uma paráfrase ao que é dito no texto desse Caderno, que o jovem também pode se apropriar dessas práticas de linguagem para acessar espaços sociais e também para refletir sobre seu mundo e sua identidade, tornando-os seres independentes e capazes de se integrarem ao mundo em geral, à sociedade, com bagagem para conhecimento e exploração do novo, afinal, os professores não vão estar para sempre na vida desses alunos para dar-lhes a direção e as definições de suas escolhas. Eles deverão estar aptos a seguir com suas vidas nos ambientes mais diversificados: trabalho, sindicatos, igrejas, etc.
Como direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento, citaria, entre outros:
·         A pluralidade de práticas e valores socioculturais;
·         A compreensão, apropriação e uso de várias formas de linguagem;
·         O acesso crítico a patrimônios;
·         A construção e apropriação de ferramentas conceituais e procedimentais de diversas tradições do conhecimento humano;
·         A historicidade como forma de desnaturalização das condições de produção e validação dos conhecimentos;
·         O pensamento emancipador;
·         A reflexão sobre o trabalho humano e seu papel na construção das relações entre pessoas e destas com as instituições.
  

Sendo assim, apresento essa reflexão aos colegas e aguardo um diálogo instigante a respeito das possibilidades de trabalhos interdisciplinares. 
Prof.: Kassia Fernandes

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Caderno II Ciências Humanas - Reflexão unidade II "Interdisciplinaridade"

REFLEXÃO E AÇÃO  
Caro professor, cara professora, como sugestão para o desenvolvimento de um bom trabalho e com foco no processo de humanização, sugerimos a realização de um exercício simples com os jovens. Peça que eles escrevam (ou utilizem outra forma de expressão mais atraente, como um pequeno vídeo, uma teatralização etc) quais são seus valores atuais, seus planos para o futuro, e como eles se imaginam daqui a 10 anos. Acreditamos que com este exercício simples você poderá se surpreender com a beleza de muitos sonhos, com o valor que estes jovens dão a família e a escola. Esses dados podem ser expostos, sem identificação dos autores, é claro, mas como forma de valorizar o jeito de cada um. Lembre-se que conhecer os sujeitos da aprendizagem é fundamental. Poderá fazer toda a diferença na condução das nossas aulas. Nos tornará profissionais mais próximos do que o jovem estudante também espera de um professor. Depois de realizar essa ação, registre as conclusões por escrito e socialize no seu grupo de estudo. 

Ciências Humanas

Interdisciplinaridade

  A perspectiva do desenvolvimento da prática interdisciplinar vem sendo levantada como uma necessidade e uma saída para um ensino mais dinâmico e que responda ao momento atual de constantes mudanças e novas formas de acesso à informação. A interdisciplinaridade significa uma prática docente comum, significa ter um grupo de professores falando a mesma língua no esforço de estabelecer um projeto em conjunto.
  Muitos são os pontos de contato entre os currículos na área das ciências humanas. A prática em comum não significa tocar nos assuntos, conceitos ou teorias de outras disciplinas. Tomar emprestado noções da geografia nas aulas de história, usar um mapa, fazer uma tabela de população nas aulas de sociologia, essa é a multidisciplinaridade. A interdisciplinaridade é um processo de construção pedagógico em comum, onde os professores possam ter tempo de discutir e elaborar um projeto e uma prática de sala de aula que seja cada vez mais próxima. Construir coletivamente oferece ao professor a chance de dar continuidade ao conteúdo trabalhado pelos  colegas em aulas anteriores, usar as notas ou considerar os mesmos instrumentos de avaliação.
  No segundo bimestre do segundo ano do ensino regular os conteúdos de história e sociologia são bem parecidos, ao entrar em sala o professor de história pode dar seguimento a aula do professor de sociologia, eles podem inclusive trocar a ordem do currículo mínimo se for melhor para se estabelecer um diálogo entre os campos.  Uma prática em comum acaba por oferecer ao aluno maior clareza no estudo dos conteúdos trabalhados e a noção de que existe maior relação entre os fenômenos no mundo real, apesar da divisão entre as disciplinas no mundo acadêmico.
  Importante para facilitar o trabalho do professor é o uso de projetos transversais, muitas vezes criados pela direção ou pela equipe pedagógica, que possam servir como ponte de contato, facilitadores da troca entre os diversos professores e áreas do conhecimento. Tempo e valorização profissional são fundamentais para pôr em prática a dimensão interdisciplinar na educação, os professores precisam estar juntos, construir juntos e ter fôlego e motivação para tal.
  
Prof.: Daniel Hofmann da Silva


  

Caderno IV Linguagens Reflexão unidade 3 "Trabalho, Cultura, Ciência e Tecnologia na área de Linguagens"

REFLEXÃO E AÇÃO 
Uma forma de mobilizar vários dos conceitos discutidos nesta unidade passa pela possibilidade de planejar um trabalho interdisciplinar, em que linguagens e as diferentes dimensões do currículo: trabalho, cultura, ciência e tecnologia apareçam entrelaçados com um tema de interesse dos jovens de Ensino Médio. Entre tantos possíveis, um desses temas poderia ser estudar o que “faz a cabeça” das pessoas, particularmente dos jovens, em relação ao padrão corporal, o “ideal estético” a ser alcançado por homens e mulheres. Para desenvolver um trabalho nessa linha, uma possibilidade seria debruçar-se sobre uma revista ou outro artefato cultural consumido pelos jovens da sua escola, na qual o padrão corporal fique sempre em evidência. Dessa forma, para desenvolver essa atividade recomendamos que o grupo de professores escolha uma revista específica, preferencialmente, disponível em internet. Essa abordagem pode ser realizada em duas etapas. A primeira delas seria a da análise. Tomando como base os conhecimentos das diferentes disciplinas da área de Linguagem e de disciplinas de outras áreas, os estudantes seriam desafiados a analisar a revista em diversas perspectivas, passando tanto pelo conteúdo, como pela identificação dos gêneros textuais predominantes, os efeitos de sentidos procurados, o uso das imagens, o desenho, organização etc. Professores, tomando como referência essa proposta de trabalho interdisciplinar, perguntamos: Qual seriam, em sua perspectiva, os conhecimentos mais “valiosos” que o seu componente curricular poderia aportar para a análise? Qual é a relação desses conhecimentos com as dimensões trabalho, cultura, ciência e tecnologia discutidas nesta unidade ?

   Nós sabemos da importância da linguagem para nos comunicar e expressar nossos sentimentos entre as pessoas do nosso convívio e país. Também sabemos da importância da comunicação mundial e com isso lançamos mão de uma linguagem estrangeira. Esses tipos de linguagem além de fazer parte das nossas vidas, são cruciais para nos relacionarmos.
       Porém, não esqueçamos que há outras formas de linguagem: do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura. Essas linguagens são necessárias para nos integrar como um todo. Por isso, é importante ajudarmos nossos alunos a focá-las.
   Usamos a linguagem trabalhista quando entramos no mercado de trabalho e começamos a ter contato com termos, expressões e ferramentas que nos fazem profissionais experientes.
      Já a linguagem da ciência é mais específica e requer um conhecimento acadêmico para fazermos melhor uso dela. Nós notamos esse tipo de linguagem quando deparamos com certos termos e experiências científicos. Essa realidade podemos perceber no nosso dia-a-dia.
      Quando nos referimos a linguagem tecnológica, sempre a associamos às máquinas e ao mundo futurista. Não mais podemos negá-la e está fora dela, pois ela está cada vez mais presente e é a linguagem que nos vai guiar ao infinito futuro. Nós já estamos percebendo como a sociedade mundial está mudando não só mais de década para década, mas de alguns anos para alguns anos.
     Por fim, temos a linguagem cultural que nos apresenta ao mundo com a nossa bagagem de conhecimento e experiência. Esse conhecimento cultural que nós temos, é um resultado conjunto às outras formas de linguagem. É o resultado do nosso produto como ser humano.
      Portanto, precisamos conscientizar nossos alunos não só da importância da linguagem nacional e até internacional para se relacionarem, mas também fazerem cientes dessas vitais linguagens: trabalhista, científica, tecnológica e cultural. Elas irão envolvê-los individualmente, para desaguar nas relações com o coletivo, ou seja, com o mundo transformando-os em "CIDADÃOS DO MUNDO".
         Prof.: Geraldo Guedes

sábado, 9 de maio de 2015

Caderno IV Linguagens - Reflexão I "A Área Linguagens e sua contribuição para a formação do estudante do Ensino Médio"

Reflexão e Ação
 Nesta unidade discutimos a formação da área de Linguagens, o conceito de linguagem e apresentamos os conhecimentos da área. Agora vamos refletir um pouco sobre esses temas através da discussão do filme O enigma de Kaspar Hauser, do diretor alemão Werner Herzog, que você pode assistir em: https://www.youtube.com/watch?v=MxpuYFouR70. Consideremos a seguinte ordem na atividade: Assistir ao filme, procurando observar e anotar, quais são as relações entre linguagem e construção da realidade; como as práticas de linguagem estão atreladas aos contextos sociais e históricos; como os conhecimentos de linguagem listados acimas aparecem no filme. Em roda de discussão, comparar as anotações e reflexões. Ainda no grupo, discutir a relação entre imposição e opção na linguagem e entre reprodução e mudança social.



Trabalharemos aqui brevemente um contraponto entre o conteúdo inicial do tópico “1. A Área Linguagens e sua contribuição para a formação do estudante do Ensino Médio”, apresentadas através do material didático desenvolvido para a Formação de Professores do Ensino Médio, funcionando como parte do desenvolvimento do programa do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, e o filme “O enigma de Kaspar Hauser”.

Podemos entender a linguagem como produtora de sentido, através dela nos comunicamos com os semelhantes e podemos expressar, ou ao menos tentar expressar, o que desejamos, como nos posicionamos criticamente diante de algum contexto específico.  De acordo com o Caderno IV Linguagens:
“As linguagens são aqui compreendidas como formas sócio historicamente definidas de produção de sentidos, sendo que elas configuram mundos e o que denominamos realidade”. (2014, p.10)

No filme, desde que Kaspar Hauser é literalmente carregado para fora do cativeiro em que cresceu isolado completamente do mundo, ele tem o desafio de desenvolver sua autonomia pessoal, o que se torna extremamente difícil por não conseguir verbalizar, ou antes mesmo disso, por não compreender os simbolismos, denominações e funcionamento do sistema social que a partir daquele momento estava inserido após ser abandonado. Faltou para o protagonista a base comum da comunicação, elementar na vida social. Para ele tudo era novo e ao mesmo tempo que maravilhoso, assustador!

Kaspar, de acordo com os novos aprendizados sobre e com o mundo social, sofria para se adequar, além de se sentir ridicularizado, diminuído, mesmo assim no desenvolver do filme, observamos sua tentativa em romper com convenções sociais naturalizadas e que o personagem não via sentido. Em contrapartida os cientistas e os mantenedores da “ordem” desde o princípio preocupam-se em registrar as “anomalias”, diferenças, como um grande tratado experimental, ficando em segundo plano o ser humano que estava diante deles.

A grande dificuldade nesse contexto pode ser explicada segundo o texto estudado (BONINI,2014) porque a linguagem, entendida como elemento essencial para o exercício da cidadania, é constitutiva das relações humanas, transpondo todas as práticas sociais e as diversas áreas de construção do conhecimento. Os conhecimentos de Kaspar estavam todos sendo construídos já na sua idade adulta, criando uma série de obstáculos e preconceitos.  
Algumas perguntas foram feitas a partir das reflexões diversas, como: Como podemos pensar a educação além dos muros da escola? Quais são os preconceitos vivenciados pelos nossos estudantes? Como podemos combate-los? Qual é o juízo de valor social contemporâneo? Por que o “diferente” tende a sofrer tanto?
Prof. Raquel da Camara

Referências:

BONINI, Adair, et al. Formação de professores do ensino médio, etapa II - caderno IV :      linguagens / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; Curitiba : UFPR/Setor de Educação,   2014.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Etapa II - Reunião Oficina com os professores. "Eixo e expressividade"

Oficina do Corpo: Eixo e Expressividade

Queridos Dançantes                                                                                                            
É com muito prazer que ofereço minha aula mais autêntica nessa área, indo do eixo as extremidades, mobilizando musculaturas internas e articulações, orientando a consciência corporal para apropriação dos movimentos, utilizando estímulos externos para o cuidado integral e fomentando a originalidade. 
O trabalho é o resultado de minha pesquisa pessoal com grandes mestres na área de consciência corporal, dança contemporânea, danças populares, danças circulares, teatro, palhaçaria, circo, yoga, pilates e terapia expressiva.
 Gratidão pelas boas experiências e por poder passar adiante para pessoas que buscam leveza, criatividade, autoconhecimento e prazer!
Contato: Simone Nascimento - Facebook     Email: artssim@hotmail.com                                                                                              Cel.: 98851 8151

Primeiro momento: conversa e apresentações;


 Segundo momento: Yoga e cirandas;






Terceiro momento: lanche de confraternização.



Depoimento da oficineira sobre o encontro: 
Ola! Foi uma honra e surpresa dar aula para os professores da Escola Duque de Caxias através do Pacto de Fortalecimento.                                                                                                                                     A Oficina de Eixo e Expressividade estimula a conexão do corpo, mente e emoção com técnicas que relaxam, estimulam a criatividade, auto-conhecimento e promovem a interação do coletivo. Orientar aula de corpo com novidades para um grupo que não costuma praticar essa atividade junto, é um desafio e pode ser constrangedor, mas aos poucos, todos foram relaxando, sendo receptivos com sensibilidade e inteligencia e se entregaram! A roda final com ritmos e brinquedos cantados, foi uníssona: fluiu, girou e transcendeu, fazendo do momento especial e único! Muito Grata! Simone Nascimento.



sábado, 28 de março de 2015

Caderno I Etapa II - Reflexão e ação "Problemas, impactos negativos e ações"

REFLEXÃO E AÇÃO – PAG. 30 Faça uma reflexão acerca do esquema apresentado como síntese desta unidade do Caderno. A seguir, em pequenos grupos, discuta com seus colegas e escreva os principais problemas da escola (Ensino Médio) na coluna da tabela. Analise os impactos desses problemas na escola. Agora, proponha ações para mudar essa realidade. Socialize os resultados desta atividade como contribuição para a reescrita do PPP. 

PROBLEMA
IMPACTOS NEGATIVOS
AÇÕES


Pouca participação dos 
pais
Alunos desinteressados e pais não envolvidos com o processo de ensino-aprendizagem dentro e fora da escola
Definir a maneira como os pais podem contribuir com o PPP, tomar decisões e acompanhar o aprendizado de seus filhos, ajudando-os e incentivando-os nas dificuldades







Faltam recursos humanos







Sobrecarga do diretor
Elaborar um relatório em que conste pormenorizadamente toda a rotina de trabalho desenvolvido pela diretora, deixando evidente que ela atua em diversas áreas, distanciando-se de sua função principal, que é ser diretora geral da escola. Poder-se-ia, com o apoio e depoimento de professores e funcionários, exercer um pouco de pressão sobre os órgãos competentes, para que a escola voltasse a ter um diretor adjunto, independente de resultados de desempenho ou de número de alunos.




Evasão



Desestímulo e esvaziamento da escola, podendo acarretar no fechamento de turmas.
Projetos que estimulem os alunos gerando maior aprendizagem e conhecimento coletivo.
Oficinas de atividades práticas (marcenaria, eletrônica, construção civil) ministradas pelos próprios alunos ou ex-alunos que dominem o conhecimento






Alto índice de reprovação






Abandono, distorção idade-série
Implementar Programa de Educação Integral (contra-turno) com Projetos Interdisciplinares (Temas Transversais), Projeto de Correção de Fluxo e Projeto de Reforço Escolar. Criação de Ensino Médio nos turnos da manhã e tarde.
Elaboração de conteúdos e de avaliações que valorizem o conhecimento prático dos alunos.





Problemas de infraestrutura





Instalações inadequadas para a aprendizagem
Construção de Quadra Poliesportiva, Adequação do Laboratório de Ciências e reforma com climatização do auditório.
Solicitação de aumento de verba à Secretaria de Educação.
Levantamento das necessidades estruturais do colégio, bem como um requerimento de melhoria junto à secretaria de Educação. 


Caderno I Etapa II - Reflexão "Abandono e distorção idade-série".


A questão do abandono parece somente ser possível de se solucionar através de uma série de ações que quase todos os professores e educadores conhecem de cor. Dentre as quais, a mais importante, e certamente a mais difícil para a nossa realidade, é fazer com que as famílias dos alunos estejam mais presentes na vida escolar dos mesmos, assim como em todo o seu processo educativo. Sem a participação dos responsáveis para que desenvolvam uma parceria com os professores, não parece ser possível fazer com que alunos desinteressados em estudar possam frequentar as aulas, ou mesmo aprender alguma coisa.
O papel do professor é fundamental no que diz respeito à questão de desenvolver meios, estratégias e aulas que busquem cativar, prender a atenção e estimular os alunos a estudarem e aprenderem, mas a prática em nossa escola já nos mostrou que apenas isso não é o suficiente. Enquanto os responsáveis forem meros cúmplices do desinteresse e da falta de vontade de aprender, por questões culturais e hereditárias, continuaremos tendo um aproveitamento muito pobre.
Em relação à distorção idade-série, me parece que a única maneira de se corrigir tal erro é investindo-se numa educação de qualidade do 1º ao 5º anos do ensino fundamental. Pode parecer óbvio, mas o alto índice de reprovações se dá por conta de um despreparo e de uma defasagem muito grande de nossos alunos que, por exemplo, chegam ao ensino Fundamental II e ao Ensino Médio, sem conhecerem os fundamentos da gramática, por exemplo, no caso da Língua Portuguesa. Desta forma, estamos sempre tendo que fazer revisões de temas que já deveriam ter sido internalizados por nossos alunos, que é o que fazemos sistematicamente com eles, só que muitas vezes em vão, devido aos problemas relatados acima no tema abandono escolar. 
Prof. Alexandre Daumerie

quinta-feira, 19 de março de 2015

Reunião com os professores - Reflexão e ação - Etapa II - 4/2/2015


Pauta da reunião: Esclarecimentos relativos a etapa II do Pacto de Fortalecimento do Ensino Médio; propostas de atividades e projetos a serem desenvolvidos pelo grupo de professores.

terça-feira, 10 de março de 2015

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO Etapa II – Caderno I - VALORIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO...PPP

                Antes de qualquer mudança significativa na aprendizagem dos alunos, precisamos ter claro conhecimento sobre a visão e a missão da escola. E isso só é possível com a construção coletiva do PPP, que nos permite conhecer a realidade de nosso aluno, nos garante que a prática democrática também alcance a sala de aula, e torna possível que a escola cumpra o seu papel de garantir formação humana integral, valorizando o trabalho cooperativo, a problematização e a construção do conhecimento. Este processo precisa envolver toada a comunidade escolar. Eis aqui o maior desafio: criar oportunidades de participação de todos os envolvidos.
                Assim, podemos entender que o PPP é instrumento de comunicação, interação entre a comunidade escolar, e de intervenção na realidade escolar, privilegiando contínuas reflexões e diálogos, em torno das demandas, necessidades, fragilidades e potencialidades apresentadas nessa realidade na qual a escola está inserida.
                “O PPP tem que ser entendido como um documento público, comum a todos, tanto na sua construção, quanto na sua operacionalização e avaliação...” (José Mário Almeida-2009).
                E aí o coordenador pedagógico tem relevante papel no planejamento e mobilização dessa prática. Então esbarramos em algumas dificuldades para essa construção coletiva do PPP, como:
·         Falta do coordenador pedagógico, sobrecarregando o diretor, que por sua vez também não conta com a ajuda de um diretor adjunto;
·         Dificuldade no uso de tempos e espaços escolares, interferindo na interação de todos os envolvidos;
·         Desenvolver nos pais o conceito de participação ativa;
·         A estrutura verticalizada de nossos sistemas educacionais;
·         Nossa pouca experiência democrática.
                Então, creio, que para colocarmos em prática essa participação ativa no processo pedagógico, precisamos desenvolver um ambiente informativo, fazendo circular as informações em todas as etapas do planejamento escolar, e envolvendo todas as pessoas que integram nossa comunidade. Para isso é preciso ousadia, participação irrestrita, comprometimento e criatividade de todos.

Prof. Gláucia Cabral


ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO Etapa II – Caderno I - Reflexão sobre a diversidade e pluralidade

A diversidade e a pluralidade realmente é um desafio na organização do trabalho escolar. Pois é difícil reverter uma situação cultural que vem de décadas. O novo exige mudanças e não é a fácil fazer mudanças em uma situação intocável. Requer muitas leituras, muitos exemplos mostrando como a atual situação nos faz mal e requer a generosidade da comunidade a qual se pretende mudar. Além disso, a mudança não acontece da noite para o dia. Temos que dá tempo ao tempo.
A pluralidade e a diversidade podem proporcionar uma motivação para o trabalho pedagógico, demonstrando as várias maneiras de viver e pensar. Com isso, os grupos diferentes vão conhecendo os anseios e os desejos uns dos outros. Mostrando assim, que embora diferentes, somos iguais como seres humanos. Esse convívio com pessoas tão diferentes de nós, pode nos ensinar que mesmo não sendo parecidos, as pessoas tem um só objetivo: serem felizes e viverem em paz.
Essa reflexão possibilita uma convivência harmoniosa, tolerante e democrática, além de tocar no sentimento humano de cada um. Isso faz com que as pessoas sintam na pele o preconceito sentido por quem sofre. Assim, teremos uma comunidade mais igualitária, humana e generosa.
Como atividades propostas, temos: peças teatrais, entrevistas, debates, exposições orais  de casos de preconceito vividos por grupos. Um ponto deve ficar claro nesse trabalho pedagógico: ninguém quer sofrer, ser descriminado e humilhado. Todos querem ser aceitos, respeitados e compreendidos para serem pessoas totalmente felizes.

Prof. Geraldo G. da Silva Filho