quarta-feira, 10 de junho de 2015

Etapa II Caderno III CIÊNCIAS DA NATUREZA

Após a leitura do caderno III – Ciências da Natureza, leiam as proposições abaixo, retiradas do livro Ensino de Ciências e Cidadania das autoras Myrian Krasilchik  e Marta Marandino (2007, p. 54-55)...
...Discutam essas afirmações. Todos concordam com essas afirmações? Como podem, de fato, serem planejadas práticas que corroborem com tais proposições?

            Concordo com as afirmações, pois é fato que o ensino de ciências tem como uma de suas principais funções a formação do cidadão capaz de compreender e fazer uso dos conceitos científicos em seu cotidiano, bem como participar do processo de discussão e de decisões pessoais ou de interesse da sociedade, como por exemplo, questões que envolvam alimentação, recursos naturais, energia, meio ambiente e saúde. Para tanto, também se faz necessária uma relação de boa convivência e diálogo com nossos alunos, pois para essa compreensão científica, é preciso também o desenvolvimento de valores, como solidariedade, compromisso social, respeito ao próximo e generosidade.
 Isso requer do professor, não só o domínio do conteúdo e uma constante atualização que permita sua interação com as novas técnicas de ensino-aprendizagem em ciências, como também saber questionar seus alunos,  incentivando posturas críticas, solidárias, comprometidas com o bem de todos, se baseando numa argumentação lógica e científica.
E para que essa educação seja um processo contínuo, é preciso que o professor ofereça ao aluno outras oportunidades de aprendizagem, como visitas a museus, espaços culturais, e outros tipos de ambientes que despertem sua curiosidade e vontade de aprender, além das práticas experimentais em laboratório dentro da escola,  como ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos,  levando esse aluno a participar ativamente da construção de seu saber.
Diante de tudo isso, nós, profissionais, também nos frustramos ao esbarrarmos em vários empecilhos que dificultam essas práticas tão importantes para a formação científica de nossos alunos, como a falta de estrutura das escolas, a falta de materiais, os salários, a carga horária inadequada, a indisciplina, e tantos outros que dificultam, mas não nos impedem de realizarmos um bom trabalho, pois acima de tudo isso, está nossa vontade de acertar, de fazer acontecer, de fazer a diferença, e por isso não desistimos.
Prof. Gláucia Cabral 


terça-feira, 2 de junho de 2015

Etapa II Caderno III Ciências da Natureza "Ensino de ciências da natureza para avaliação e prosseguimento".

       Estamos atravessando um período importantíssimo e oportuníssimo em relação ao processo formativo e educativo de nossos jovens. Quando nos situamos em lugares concebidos ao aprendizado simplesmente técnico e processual, não temos a consciência das transformações que se operam e permeiam nosso labor. Ao delimitar as fronteiras do conhecimento e das regras sociais, estamos também de forma sistemática e inconsciente levando aos nossos colaboradores uma perspectiva tecnicista e equivocada, ao contrário do que possa parecer aos grupos disciplinadores e reacionários. Fazemos com que se impeçam desenvolvimento amplo e irrestrito, causando e não obstante regrando ao invés de regar nossa juventude, somos capazes de transformar conceitos escrupulosos em ignomínias e estabelecer um equívoco equacional imperceptível e nefasto em todo o processo....
      A medida em que atentamos as regras do jogo, percebemos que ocorre uma adaptação de atitudes e atividades. Enquanto nossas ações criarem um abismo intransponível na relação professor-aluno, estamos deprimindo nossa perspectiva e encurralando as possibilidades, fico interessado todavia em motivar ao desfazimento de relações pragmáticas e descritivas, introduzindo ao ambiente de trabalho a satisfação com o cumprir das tarefas de forma conjuntural, inversa ao modelo pré-concebido e doutrinário vigente, somos um bando em revelia do mundo e das certezas... Agora não podemos ter na consciência maiores divergências quanto ao fato de sermos feitos do mesmo material, temos nas nossas entranhas pequenos organismos autônomos e fazemos parte de um universo mais amplo, somos humanos. Essa constatação simples e avassaladora faz com que desnudemos nossas certezas e ampliemos nossas igualdades, estabelecendo uma possibilidade de troca verdadeira e edificante do processo motivacional. O estudante na sua condição realística e decisória é o cimento dessa argamassa, não obstante os profissionais da educação coadjuvam no ambiente escolar, seria mero casuísmo concordar com o senso comum quanto aos papéis representados na escola, ao mestre verdadeiramente lhe é outorgado o direito a humildade e sabedoria quando se coloca a favor da liberdade de aprender e ensinar, ao se perceber agente causador cria-se um abismo entre o saber e o aprender, somos todos aprendizes no ambiente educacional, entre as fresta da possibilidade devemos adentrar ao método e a concretização desse maravilhoso mister, prezados colegas, talvez não compartilhemos as mesmas opiniões, as mesmas vivências, mas com toda incerteza acreditamos na possibilidade de aprender sobre a vida e seus descaminhos que conduzem a única certeza desse mundo....
O ensino e estudo das ciências da natureza nos moldes atuais é equivocado e contra producente, segundo análise dos autores do material enviado no curso de formação, necessitando uma abordagem mais atual, segundo critérios didáticos e pedagógicos progressistas, percebo que essa abordagem diagnóstica e ao mesmo tempo prognóstica, tem carácter ideológico e tendencioso, na tentativa de mudar pressupostos básicos para uma educação transformadora, em meros atos de foro administrativo, tentam através de uma visão simplista e burocrática, resolver o problema do interesse acadêmico, em uma perspectiva aglutinadora e perniciosa, juntar, unir, ou interpor conhecimentos distintos e complementares, como solução para a falta de interesse dos estudantes em aprender ciências da natureza. A nossa sociedade contemporânea, passa por transformações  superficiais e meramente de cunho comercial mercadológico, como no caso de uso de tecnologias, mas nos conceitos primários continuamos conservadores e praticamente sem alterações significativas, somos uma sociedade que explora e oprime nossos cidadãos a medida em que vivemos sob a égide da força e da truculência estatal, em que parcos investimentos são feitos na área de educação, infringindo aos professores além de baixos salários, uma sege emblemática e danosa tornando-os aduladores ou excluídos de brindes ou tarefas  com uma supervalorização de uma ingênua e pérfida ordem burocrática, os valores que movem a nossa sociedade são coloniais, somos todos compelidos a convivência nefasta da submissão e ou hipocrisia, levando-nos a um estado de prostração inequívoca e desanimadora. Nossos alunos mais parecem famigerados mendigos, famintos e assustados com essa escola de horrores, encontram pela frente profissionais frustrados, impotentes e limitados em suas possibilidades, diante de uma tarefa hercúlea e penosa, tentam agora subverter a ordem das coisas, como se por um passe de mágica pedagogista, pudéssemos transformar a sociedade e sua realidade, através de simples práticas expositivas, precisamos abrir os olhos de nosso alunos, com a verdade que nunca é absoluta, a verdade do trabalho que de fato produz e induz ao progresso e ao conhecimento, seja ele educacional ou social, não podemos seguir ingênuos e passivos em direção a aniquilação do estudo das ciências da natureza, transformando-nos em espectadores do fracasso e do engano, o processo educação-aprendizado, irá evoluir a medida em que nossa sociedade evoluir, a medida em que os valores dinâmicos e objetivos da ciência forem alçados enquanto os valores subjetivos e mitológicos forem destituídos em nossos objetivos de vida e em nosso cotidiano.   
Prof. André ADP Gonçalves



Etapa II Reflexões unidades I, II e III - Caderno III Ciências da Natureza

CIÊNCIAS DA NATUREZA

1. Contextualização e contribuições da área Ciências da Natureza para o estudante do Ensino Médio

Apesar de o conhecimento das Ciências Naturais (química, física e a biologia) estarem presentes constantemente no dia a dia da nossa sociedade, elas são sempre destacadas como complexas e de difícil  assimilação pelos os estudantes de ensino médio, o que acabam sempre resultando em notas mais baixas 
Por mais que associemos o ensino das Ciências da Natureza com experimentos, ou fatos, que recorrem ao nosso a fazer diário, a explicação do conteúdo, se torna quase inviável, pois o aluno não consegue entender o porque de estar estudando aquele assunto, aí vai deixando de se interessar por essa área e passa a manifestar insatisfação e até medo dessas disciplinas.
Talvez o estudante fique um pouco perdido pois as disciplinas na área das Ciências da Natureza, ou seja, a química, a física e a biologia, são apresentadas para a aprendizagem do aluno de formas separadas e independentes, como se não existisse um correlação entre elas. 
Acredito que a partir do momento que existir essa interdisciplinaridade e a comunicação entre esses disciplinas, esses assuntos chegarão até o estudante de forma mais “ leve”, tornando o aprendizado mais fácil e agradável, pois ele estará vendo a relação existente entre as Ciências  e perceberá mais facilmente a importância de estudar aquele determinado conteúdo.

2. Os sujeitos estudantes do Ensino Médio e os direitos à aprendizagem e ao desenvolvimento humano na área de Ciências da Natureza

Conhecer e aprofundar os interesses e as necessidades do estudante é fundamental para o trabalho pedagógico completo, uma vez que esses são o foco do nosso trabalho, ou seja, são o sujeito central do processo educativo, logo são dotados de direitos.
Aprofundar entre os professores a discussão da contextualização e interdisciplinaridade entre essas disciplinas torna-se uma questão muito importante, pois integram esses conhecimentos e facilitam a aprendizagem.

3. Trabalho, Cultura, Ciência e Tecnologia na área de Ciências da Natureza

É conhecido como CTS a área que estuda as inter-relações entre ciência-tecnologia-sociedade em suas múltiplas influências. O ensino e a pesquisa fundamentam que a ciência e a tecnologia são as duas mais potentes forças para as mudanças globais para a sociedade.
Explicar a importância de os professores abrirem um espaço de discussão dentro de sua sala de aula,  buscando identificar, problematizar e analisar as conjecturas teóricas e práticas relacionadas às interações entre trabalho, ciência, tecnologia, cultura, sociedade e o ambiente. 
Abordar o conceito de CTS, pode ser explorado pela figura abaixo:


 Prof.: Mônica Peralta



segunda-feira, 1 de junho de 2015

Abrindo Espaços Humanitários (AEH) Reflexão sobre a formação e experiência.

   

No dia 21 e 22/5/2015, ocorreu a capacitação para professores oferecido pela SEEDUC/RJ em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Eu e Kassia, a professora de português da escola, nos disponibilizamos a participar, e, posteriormente, multiplicar. O público alvo são os estudantes do Ensino Médio da rede pública. O lema norteador desse programa é a promoção do diálogo entre estudantes e professores sobre princípios humanitários e temas relacionados à violência.  No Rio de Janeiro, tem como principal objetivo ajudar a reduzir as consequências da violência armada. 
     A formação teve duração total de 16h se dividindo em quatro grandes blocos entre os dois dias. No primeiro, houveram as apresentações de toda a equipe e a dos professores, a explicação do porque estávamos ali, quais eram os objetivos, e  as principais definições do que seria abordado, assim como a visualização de imagens diversas. 
    O levantamento de temas polêmicos, como vocês podem imaginar, abriu o debate entre os professores, a maioria deles sentindo-se impotentes quanto a grande carência e violência observada no dia a dia da escola, na dificuldade do trabalho com os jovens e adolescentes, que vivem em áreas consideradas de risco por toda a sociedade, sendo que a grande diferença é que eles não só veem o noticiário, mas vivenciam a violência em diferentes níveis todos os dias... 
    Voltando para o ambiente da formação, além de estar lotado de professores numa sala relativamente pequena para a disposição sugerida, algumas falas "tiveram que ser cortadas", principalmente quando os formadores achavam que o tema abordado não tinha relevância, como o fato da indignação dos professores serem tão desvalorizados e apanharem da própria "força policial nacional, que deveriam ser pagos para nos trazer segurança, e não o contrário, como temos observado e sentido na própria pele! Essa restrição me incomodou muito, e, o argumento para tal, era que deveríamos naquele momento nos ater aos alunos... E não seríamos nós, professores, que deveríamos nos disponibilizar para tratar da temática sobre violência e atos humanitários com os alunos? Como falar de dignidade e cidadania, precauções contra a violência, se nós mesmos não sentimos ter nossos direitos resguardados?
    Respirei e continuei lá, observando e aberta a novas possibilidades. A dinâmica proposta após o almoço envolvia o corpo e interação entre os participantes, mas não saiu exatamente como planejado devido o pouco espaço e "correria" para dar conta do script". Ganhamos todos um material de texto com possibilidades e propostas de discussão para serem realizadas com os alunos, e naquele momento, fomos divididos em três grandes grupos para vivenciarmos nós mesmos duas das atividades. O deslocamento proposto foi interessante pois podemos, ao menos tentar trocar diferentes pontos de vista sobre o assunto e falarmos mais livremente de nossas experiências, não só em sala, mas de projetos desenvolvidos nas diferentes unidades escolares. O ruído do falatório geral atrapalhou, mas não desistimos, afinal, estamos acostumados a superar grandes desafios!
    No segundo dia, ainda nos sentindo cansadas da jornada do dia anterior, tivemos a surpresa de vivenciarmos um dia mais tranquilo, com muito menos pessoas num mesmo ambiente, e consequentemente, mais acolhedor. Trocamos muitas experiências, fomos estimulados a falar, a trocar, e com isso, podemos ser mais receptivos a  proposta do programa. E como faz diferença ser escutado também, como devemos nos lembrar sempre disso no momento que estamos com nossos alunos. O diálogo deve ser dialógico, como falava muito bem o educador Paulo Freire. A voz que dita, unilateral,  leva a opressão, a ditadura, tendo como consequência a maior das violências...
    Realizamos novamente em grupo outras duas ou três atividades do material de texto que recebemos, uma delas envolvendo uma música, e  nos foram mostradas outras possibilidades de abordarmos a temática sobre violência com os alunos, tendo certos cuidados que realmente não havíamos pensado. 
    Levamos daquele dia um aprendizado, talvez o maior de todos, que cada dia é único, mesmo quando estamos com as mesmas pessoas, não devemos subestimá-las e nos fecharmos como ostras, podemos dar novas chances a nós mesmos, GUERREIROS DA EDUCAÇÃO!!!!
Prof. Raquel da Camara (Artes)